Há uma maneira de seguir um relógio, mas não precisa
ser como o coelho de “Alice no país das
maravilhas”... Nem como o meu vizinho
de carteira assinada, que trabalha numa firma que preza as regras pontuais, lá
“do coelho”...
Confesso que eu não sabia bem usar o relógio, até que
tive que começar a tomar uns certos medicamentos aí, e agora preciso ficar de
olho nos ponteiros; porém, de uma forma que não me atrapalha a olhar o céu...
Talvez eu tenha enlouquecido de querer ver o céu a toda
hora e não só em alguns minutos do dia, na hora do almoço, ou do lanche da
tarde...
Aquele azul tão lindo...!...
Apenas quero olhar o céu quantas vezes me der vontade...
... E tenho sempre, SEMPRE, essa vontade!
Sigo assim um relógio, mas não como o coelho apressado...
Sigo o MEU relógio, quem sabe como a doida “Lebre de março”? “Mas as lebres
nunca foram lentas”... - Alguém dirá. –“É, eu sei, é lógico”! - responderei, em
plena consciência de que a minha (lebre) sempre foi, é, e sabe-se lá até quando
o será...
QUEBRAR
OS PONTEIROS
Meu
relógio no céu
E
do lado do avesso
Estou
sentada olhando o tempo
Apaixonada
pelo azul, esnobando os ponteiros...
Mas
eles ainda correm, ainda
Que
de trás pra frente
Meu
relógio
No
céu de sonhar
(Meu
relógio do lado do avesso)
Quem
vai quebrar
DE
VEZ, eu quero
Quebrar
os ponteiros:
Não
mais certo
E
nem do avesso.
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