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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sonhando





Passar boa parte da noite na janela pode te fazer sonhar bastante...


ILUSÃO

Amo o grilo cricando

(Cansado)

Na sua grama de orvalho


Aqui da casa ao lado,

Eu te amo...



Amo a lua solfejando

O silêncio

No seu telhado


(Da janela da casa ao lado,

Eu te amo)


Amo a cama

E o pijama seus...

Ai , amo a noite que vai embora,

Sem dizer adeus!

(Amo o grilo

No quintal e a lua no céu)

Essa ilusão que vivo,

Quem me deu?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tempo





Lembro-me que há muito, muito tempo escrevi um nome no fim do meu caderno; um substantivo próprio, de três sílabas que foi parar no lixo. Os donos estão vivos... Felizes? Quem sabe... Donos: dono do nome, dona do caderno.

ABSTRATO

Seu nome está escrito

No ex-vazio desta folha,

E gravado

No silêncio

Da minha boca...

Mesmo

Que de mim ninguém leia

E de mim ninguém ouça “eu te amo”,

Ele navega na amplitude do meu peito

Neste meu amar sem tamanho

Mas imenso.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011





Às vezes, amar (ou, melhor nem dizer amar... Mas, estar apaixonado) é apaixonar-se por si mesmo... , já o disse a banda britânica KEANE, em sua música SPIRELLING...
TODOS  DORMEM
 Eu queria que você
Acordasse de si
E dormisse um pouco em mim
Eu queria você de novo assim
Preso no meu sonho,
Adormecido em meu quarto
Seguro na masmorra
Onde guardo
As minhas ilusões



sexta-feira, 11 de novembro de 2011





Mais uma vez lembrei ENLEIO,  do Drummond...


VERDOR

Monto em meu cavalo:
Pateta
Como o cavaleiro
... E não te salvo
E te jogo do barranco:
“-Eu te amo!!”











segunda-feira, 7 de novembro de 2011





Lygia Fagundes Telles falou sobre os “jacarés”, que nadam na superfície. Eles ficam na superfície, não “aprofundam”. Os peixes “aprofundam”; são menos superficiais.
É claro que estou usando metáforas aqui...

O QUE DIZER
O que dizer do escuro?
Eu que só conheço a penumbra
Semi - verdades
(Semi -nua)...
Ainda não vi o fundo do mar
Só olho a lua, e sozinha
Sem olhos de peixe (não sei amar)
Não sei de poesia.



terça-feira, 1 de novembro de 2011







Certas pessoas (geralmente aquelas por quem nos sentimos apaixonados, ou aquelas que estão apaixonadas por nós) conseguem “enxergar nossa alma”, conseguem sacar nosso estado de espírito, às vezes até ler nosso pensamento. Enxergam-nos no escuro, tipo um “gato mágico” (Mr. Mistoffelees ?) Existem essas pessoas na nossa vida. Às vezes são mesmo como gatos, há aquele toque místico, (se você olhar com olhos exagerados...)
E é claro que isso faz parte das nossas fraquezas... Ou, também dá pra lidar com o assunto  olhando pelo lado bom! Quando escrevi esses versinhos aí, estava olhando pelo lado bom...


MON CHAT

Me enxerga
Sempre inteira:
Sua presença
É minha nudez
Pois então
Caminhe nela com cuidado
... Seus passos de gato
Sobre meu coração
Desnudado.